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segunda-feira, 14 de maio de 2007

O Baobá e o Albatroz


Imagine um lugar como o mostrado na figura ao lado.
Um baobá, árvore típica das regiões tropicais, imponentenemente estabelecido às margens de um rio perene, conversa com um albatroz, ave palmípede da família dos macrópteros.
- Caro amigo, não entendo tua vida. Estás sempre a voar, sem se cansar, de lugar em lugar, sem ter uma residência fixa para se estabelecer...
- Veja o meu caso: por graça de alguém que jogou uma semente no chão, cresci, adaptei-me a essa região, lancei minhas raízes em grande profundidade, tendo a meu dispor a água do leito do rio e o alimento de que preciso, retiro do solo ao meu redor.... Não é uma maneira mais inteligente de viver ? Além do mais, presto grandes serviços à comunidade que de mim se avizinha. Forneço sombra ao andarilho, estrutura física aos pássaros para que consigam fazer seus ninhos, e, de certa maneira, até tento convencê-los a viver uma vida parecida com a minha. Todo dia, me regozijo com o cantar das aves que em meus ramos pousam, alegro-me com a beleza do raiar do sol; ao final do dia, deleito-me com o espetáculo miraculoso do sol poente. Oh! meu grande amigo, albatroz, repensa tua vida.
- O albatroz respondeu, em seguida:
- Oh! Meu amigo baobá! Entendo o teu ponto de vista, mas sou obrigado a dizer que não concordo em nada com o que pensas.
- Veja bem, enquanto estás aqui parado, conhecendo somente um nascer do sol, somente um por do sol, conversando sempre com os mesmos pássaros, deslumbrando-se sempre com o mesmo horizonte, posso dizer-te: já conheci vários outros horizontes, já vi o sol nascer de diferentes maneiras, já vi também esse mesmo sol declinar-se ao seu descanso em paisagens variegadas...Conheci várias espécies de aves, conheci até mesmo caçadores que atentaram contra a minha vida. Ah ! sim. Corri riscos, mas viver é correr perigos, é ter emoções, é saber apreciar o frescor dos ventos, ventos de vários nomes, de diversas direções.
- Assim, pergunto-te:
- Quantas e quais aventuras vais ter para contar aos teus descendentes?
- Como vais explicar que no mundo o sol se apresenta em várias molduras celestes ? E a noite ? Tu só conheces alguns tipos de estrelas. Eu não, já vi e me deslumbrei com várias delas. E o que tens a dizer do perfume das flores? Quantos deles conheces?
- Não, meu grande amigo! Prefiro a incerteza e a insegurança de viver cada dia como seu fosse o único. Sou partícipe do pensamento: ´Carpe diem´. Aproveite o dia. Prefiro a instabilidade como fonte do aprendizado da vida.
-
Reflita, meu amigo: A estabilidade repousa na mudança!
- Viva! O tempo passa, aproveite o seu dia como se ele fosse o último, pois ele pode até ser
.

3 comentários:

Anônimo disse...

Hoje ouvi algo que me fez pensar sobre a dualidade de posições, admirar a coragem da liberdade de escolha, mas acima de tudo, perceber que Deus admirava as suas duas criaturas, o Baobá e o Albatroz, ambos frutos de sua criação.
Incrível esta parábola. Incrível ouví-la de alguém que eu não esperava, em um lugar que eu não esperava estar, porém em um momento de vida que eu precisava. Acredito em Deus e soube naquele momento que ali havia sinais importantes, uma resposta de Deus.
“Reflita, meu amigo: A estabilidade repousa na mudança!”
”- Viva! O tempo passa, aproveite o seu dia como se ele fosse o último, pois ele pode até ser. “
Estas são coisas que sabemos, porém quando ditas no momento certo, faz enorme diferença.

Foi um prazer conhecê-lo, Lúcio.

Iolaudo

Anônimo disse...

Hoje ouvi algo que me fez pensar sobre a dualidade de posi�es, admirar a coragem da liberdade de escolha, mas acima de tudo, perceber que Deus admirava as suas duas criaturas, o Baob� e o Albatroz, ambos frutos de sua cria�o.
Incr�vel esta par�bola. Incr�vel ouv�-la de algu�m que eu n�o esperava, em um lugar que eu n�o esperava estar, por�m em um momento de vida que eu precisava. Acredito em Deus e soube naquele momento que ali havia sinais importantes, uma resposta de Deus.
�Reflita, meu amigo: A estabilidade repousa na mudan�a!�
�- Viva! O tempo passa, aproveite o seu dia como se ele fosse o �ltimo, pois ele pode at� ser. � Estas coisas j� sabemos, por�m quanto ditas no momento certo faz grande diferen�a.

Foi um prazer conhec�-lo, L�cio.

Iolaudo

Nogueira disse...

Muitas são as lições que podemos tirar deste texto, é claro que é muito relativo, pois cada pessoa tem seu modo de ver as coisas. Vejamos as personagens, cada um ver no seu modo de viver a forma mais correta. Certamente que sonhar é fundamental para dar sentido à vida, a busca pela realização dos sonhos nos faz capaz de enfrentar as barreiras e os obstáculos que todos nós enfrentamos no dia a dia. Mas não podemos querer que as pessoas vivam nossos sonhos, querer que os outros sejam como nós, além do mais temos que conhecer nossas limitações. Traçar metas difíceis demais ou impossíveis de se realizarem causam desânimo e frustrações. Não sou é claro a favor do conformismo e do comodismo. Mas a busca incessante e desenfreada por realizações tornam as pessoas insensíveis, egoístas e usam de qualquer meio para alcançarem seus objetivos. Se o baobá quisesse ser como o albatroz seria um eterno infeliz, pois seria impossível que o mesmo pudesse alçar vôo e sair a conhecer o mundo, no entanto ele pode se informar com os pássaros que vagueiam por lugares que ele não pode ir e saber como eles são e entender que ele tem a sua importância no ecossistema em que está inserido.