Dizia-se que ele morava em uma casa muito pequena, mais semelhante a um barril de vinho, com apenas uma porta por onde ele entrava e também por onde adentravam os raios do sol a cada amanhecer.
Alexandre soube que ele era um grande sábio e, curioso, resolveu contratar um guia para conhecer de perto o homem tão falado nas redondezas. Para isso, resolveu contratar um guia, organizou uma centúria de homens, chamou um de seus melhores centuriões e, na manhã seguinte, pôs-se a caminho do local onde se dizia que Diógenes morava.
Aos primeiros raios de sol, deparando-se com a estranha casa, pôs-se de frente à portinha que dava acesso ao seu interior e exclamou:
- Diógenes, eu sou Alexandre, o Grande. O que queres que eu faça em teu benefício ?
O homem, ainda estupefato com a presença de tão famoso personagem, disse :
- Eu só te peço uma coisa : afasta-te da frente da porta de minha casa, pois estás a empatar os raios de sol que iluminam a minha alma ! É somente isso que te peço. Nada mais.
Todos os que estavam próximos ao grande general desabaram em grandes gargalhadas caçoando da resposta desconcertante que Diógenes tinha dado.
Foi então que Alexandre, entusiasmadamente, refutou :
- Calma, soldados que me seguem ! Tenho a dizer-lhes o seguinte :
Se eu não fosse Alexandre, o Grande, queria ser Diógenes.
Olhem ! Que lição o grande general nos dá.
A Síndrome de Diógenes é conhecida pelo fato de a pessoa se negar a existir.
Assim, pergunto :
Quantas coisas ou pessoas estão a nos empatar de receber os raios de sol que são fonte de iluminação em nossas vidas ?
Será que nós estamos, como Alexandre, sabendo reconhecer a importância de pessoas como Diógenes que, indubiltavelmente, se nos apresentam como pórticos de luz em nosso caminho ?
Será que nós mesmos não estamos sabendo afastar dos portais de nossa existência aqueles que obstacularizam a entrada da luz em nossos corações ?
Será que não estamos sabendo celebrar a vida ao início de cada dia ?
É bom que reflitamos.
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