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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Carta de um filho a uma mãe.

MÃE,
Ensina-me a cultivar a doçura mais do que a inteligência.
Mostra-me como derrubar as muralhas de ódio erguidas em meu coração.
Imprime em minha mente o caminho da liberdade para que eu não me perca nas trilhas tenebrosas do medo.
Fornece-me o letramento da verdade para que eu aprenda a ser livre.
Ensina-me novamente a ser humano, a me importar mais com os outros.
Guia-me, na época da cibernética, a proceder como gente – como gente que se emociona, que ama, que sonha...
Leva-me a pensar menos - a sentir mais, a cobiçar menos – a dividir mais e com mais amor, pois meus conhecimentos me tornaram cego, empedernido e cruel.
Ajuda-me a ser mais gente – gente que possa entender sem ouvir, compreender sem escutar, que possa simplesmente amar.
Dá-me condição de desenvolvimento de criticidade, para que não me deixe ser guiado por comportamentos tortuosos ditados pela observância de uma mídia obtusa e gananciosa
Ensina-me a, essencialmente, voltar-me para o meu mundo interior, adornando sempre a minha alma com flores coloridas, para que aqueles que me vêem, sintam o perfume das flores desse adorável jardim
Leva-me a entender a necessidade que o céu tem de chorar para que a terra produza seus frutos.
Impulsiona-me a ter mais sonhos e menos dinheiro, pois o dinheiro é perecível, os sonhos são eternos; o dinheiro corrompe, os sonhos enobrecem; o dinheiro mostra a aparência, os sonhos atravessam os portais do real, tangenciam o abstrato e nos aproximam de Deus.

Um comentário:

Anônimo disse...

Saldações!!!
Lindo esse poema, parabéns professor.
Fique com Deus.